No mês de maio, o Ministério JEAME celebrou os seus 29 anos de atuação. Podemos dizer que até aqui o Senhor esteve conosco. Somos uma organização pequena, mas que nestes anos tem impactado muitas vidas de uma maneira impressionante.
Creio que um dos maiores impactos nestes anos é o que Deus tem feito na vida daqueles que servem, tanto dos líderes, missionários, voluntários, diretores e mantenedores. Esta é uma vocação do Ministério JEAME: preparar líderes servidores para a expansão do Reino de Deus. A começar por mim, não posso deixar de testemunhar o impacto que tem causado na minha vida pessoal assim como ministerial. Deus nos chama a ir buscar o perdido, e o Ministério JEAME tem ido atrás dos que estão perdidos não só espiritualmente, mas também socialmente.
Estes jovens e crianças que vivem nas ruas do centro de São Paulo são considerados irrecuperáveis e pouquíssimas pessoas têm interesse genuíno em realmente resgatar, recuperar e reintegrá-los à sociedade. De fato, quando olhamos com olhos humanos as condições dessas pessoas, não vemos qualquer sinal de esperança, principalmente os que estão envolvidos com craque. Muitas vezes, nós também somos abatidos por este sentimento, mas o amor de Deus nos constrange e, conforme damos os primeiros passos, passamos a ver tudo de uma maneira diferente,porque a esperança começa a brotar em nossos corações conforme obedecemos ao chamado.Talvez você até conheça alguém que esteja numa situação sem esperança e por isto queremos te encorajar a lutar e não desistir.
Jesus disse que o Reino dos Céus é como um rei que preparou um banquete de casamento para seu filho e que mandou seus servos anunciarem aos que tinham sido previamente convidados para que viessem ao banquete. Porém, eles não quiseram ir (Mateus 22.1-31). Aqueles convidados de honra estavam ocupados demais com seus negócios para pararem o que faziam e ir ao banquete, sendo que alguns deles abertamente ofenderam e maltrataram os mensageiros do rei. Então o rei, indignado, mandou que seus servos fossem para as esquinas e convidassem todos os que eles encontrassem. Seus servos saíram às ruas e reuniram todas as pessoas que puderam encontrar: gente ‘boa’ e gente ‘má’. Assim encheram a festa e todos celebraram.
Com qual personagem desta parábola você mais se identifica? Pensando no Reino de Deus, em qual situação você se encaixa? Será com o rei que está dando a festa e abrindo as portas para os bons e maus, mostrando com sua generosidade o amor de Deus que não faz acepção de pessoas? Será que você se identifica com o servo que sai em busca dos convidados “honrados” e importantes convidados e acaba recebendo um “não” na sua cara? Será que você é como os que estão tão ocupados com seus negócios que não têm tempo nem interesse no banquete do rei? Será que você é um daqueles ilustres que se incomodaram com a cobrança e usaram sua influência para maltratar os servos do rei? Ou será que você se identifica com o servo que sai pelas ruas convidando a todos para virem? Ou mesmo um servo que fica às portas recebendo os novos convidados com honra, conforme as instruções do rei, sem faze acepção de pessoas.
Quer fazer parte desta festa?
Talvez você seja como muitos que por fora tenha uma boa aparência, mas por dentro se sinta um pobre coitado perdido e sem esperança. O banquete que Deus preparou para seu Filho está aberto para todos os quiserem participar. Será que você é um dos que alegremente percebeu que não há nada neste mundo que o impeça de aceitar o convite do Rei, de receber as novas vestes de gala, de tomar parte de tudo que é oferecido no jantar e de experimentar as delícias da comunhão com os amados do Rei? Seja qual for a sua posição, não fique de fora e aceite o convite.
O Ministério JEAME entende que Jesus está bradando pelas esquinas, becos e mocós, chamando aquelas crianças e jovens que andam perdidos pelas ruas de São Paulo, pelas ruas de qualquer lugar, presos na Fundação CASA, presos numa situação de vícios, droga-adição e prostituição. Todos são convidados para o banquete. Quer fazer parte desta festa? Você tem coragem de ir ou então de apoiar os que vão?
Marli Marcandali
Presidente do Ministério JEAME