No Ministério JEAME, muitos tem pelo menos uma história de amor para contar a respeito do diácono Rubens Hornos Jaime. São incontáveis os testemunhos sobre este irmão, que descansa no Senhor desde o dia 03 de abril de 2013. Segundo a sua esposa, ele partiu em paz.
O administrador do Ministério JEAME, Ailton Souza, nos conta que o irmão Rubens trabalhava visitando várias empresas, em várias partes da cidade de São Paulo, e começou a notar muitas crianças e adolescentes nas ruas, nos semáforos. Inconformado com a situação, e tocado pelo Espírito Santo de Deus, comentou o fato com o responsável por missões em sua igreja, a Primeira Igreja Batista de São Paulo. Logo o Pr. Benelízio Soares Coimbra (in memoriam) começou a orar também por esta causa, e ali nascia uma grande missão urbana: evangelizar onde as crianças e adolescentes estavam reunidas. Fizeram então uma primeira visita à FEBEM Raposo Tavares, conheceram o lugar, e tiveram a autorização para retornar e iniciar um trabalho religioso naquela unidade.
Outras unidades foram se abrindo após esta, e por fim, o trabalho tomou consistência e amplitude cujos frutos hoje estão tendo continuidade pelo Ministério JEAME e outros ministérios de pessoas que foram tocadas por esta causa.
Conta-nos o missionário Virgílio Vieira, que há mais de 10 anos o irmão Rubens foi na escolinha antiga, que funcionava na Praça da Sé, e fez com os obreiros um devocional. Após orar, fez uma pergunta a cada obreiro ali presente:
“Você tem 3 nomes de pessoas que estão em situação de risco por quem você ora constantemente? Você ora todos os dias por, pelo menos, 3 pessoas?”
“Isso marcou muito em minha vida”, diz Virgílio. Todo missionário sempre tem que estar orando por alguém, senão não faz jus ao seu trabalho. E o irmão Rubens ainda o ensinou: “Ore pelo nome, porque isso é importante para vida daquele que vai receber a oração.”
“Eu estou imitando a ele”, diz Virgílio, “ele sempre foi o meu grande incentivador.”
A missionária Suzanne Duppong relata que “certo dia, pregando, Deus o usou falando sobre os que eram tragados para o inferno na FEBEM e nas ruas, e que Jesus se importava com eles. Eu chorei muito na hora em que ele fez o apelo missionário, a ponto de sacudir minhas costas. Senti fortemente o meu chamado e tenho atendido-o até hoje. Glória a Deus por sua obediência e por não desistir deste trabalho, pelo testemunho como marido, pai, avô e acima de tudo como líder cristão que fez diferença nesta terra para Deus! Saudades amigo, descansa em paz, sem dificuldade nem fraqueza nenhuma agora, mas podendo estar em culto direto como tanto amava, que o seu amor pelos pequenos marginalizados seja lembrado sempre…”
Helena Miriam, uma diretora do Ministério JEAME que há tempos acompanha o trabalho, fala sobre o irmão Rubens: “Não via cansaço neste irmão. Quando fizemos um trabalho de Natal na favela do Moinho, com a Primeira Igreja Batista de São Paulo e a Ação Comunitária do bem, ele havia perdido o filho mais velho que faleceu de câncer, mas ainda assim era ele quem mais nos animava. Não víamos dificuldade nele, ele seguia em frente. Fizemos uma barraca, que representava a arca de Noé. Ele era o Noé e contava a história bíblica para as crianças. Ele amava as crianças, era o ‘fraco’ dele. Deus nos abençoou muito naquele trabalho.”
Como era de costume, ele ligava para as pessoas para abençoar, para saber como foi o culto entre outros assuntos que, não podendo tratar pessoalmente, ele usava o telefone a serviço do reino. Ele ligou para o escritório do JEAME e deixou a seguinte mensagem para nós meditarmos:
“Eu sou o que a Bíblia diz que sou.
Eu tenho o que a Bíblia diz que tenho.
Eu posso o que a Bíblia diz que eu posso.”
Seguem as próprias palavras do irmão Rubens, publicadas em um dos informativos do Ministério JEAME:
“Fui criado e batizado na Igreja Batista. Um dia vi o cartaz da APEC sobre a urgência de evangelizar crianças. Passando pela rodovia Raposo Tavares vi a maior unidade da antiga FEBEM (atual Fundação CASA). Resolvi ir até lá, levando um currículo da APEC. Após muitas dificuldades, as portas foram abertas para nós. De sábado a sábado íamos com carros cheios de voluntários para falar do amor de Deus através do evangelho de Cristo, até que finalmente conseguimos um ônibus, com o apoio do Pr. Benelízio, coordenador do DEIM. Havia na PIB duas moças recém-formadas do seminário, Suzanne Duppong (Suzy) e Helena Miriam que se juntaram ao ministério. Suzy era vocacionada para trabalhar com adolescentes infratores e a encaminhamos para a unidade do Tatuapé. Mais voluntários foram chegando e, com a necessidade de treinamento, foi criado um dicionário da linguagem de meninos de rua.
“A Primeira Igreja Batista de São Paulo foi a primeira sede do JEAME. Começamos a fazer cultos de conscientização em outras igrejas, e passamos a ter reuniões e cultos regulares em unidades da FEBEM. O filme ‘A Cruz e o Punhal’ foi exibido pelo menos 400 vezes. O trabalho alcançou também moças internas e passamos o trabalho de discipulado desses jovens para as igrejas locais. Muitos desses jovens hoje são pastores, líderes e profissionais.
“Temos muitas histórias, como a de um recuperado que foi intimado a voltar para o tráfico. Ele não aceitou e sua mulher foi morta. Mais tarde, a Missionária Rosana do JEAME nos chamou para sermos padrinhos de seu casamento. Sabíamos que o noivo (Claudio Pita) era aquele moço, que quando nos viu, perguntou: ‘Era o senhor que passava filme na FEBEM para evangelizar?’. Eu respondi que sim e ele disse: ‘Eu me converti em uma de suas pregações’. Minha alegria era estar engajado no trabalho do JEAME e ver jovens aceitarem a Jesus.
“O JEAME permanece porque nasceu no coração de Deus, e seu foco será sempre a salvação de crianças e adolescentes em situação de risco! ‘O maior entre nós é o que serve’. Quero ganhar um diploma com o título: ‘Servo inútil’.”
Claudio Pita, citado por Rubens, está se formando em Direito e desenvolve um ministério independente chamado Lar Nefesh – Sopro de vida, atendendo a crianças vitimadas em seus próprios lares.
Nós do Ministério JEAME procuramos seguir o exemplo de Rubens e dar continuidade à obra que ele tanto amava. E nós cremos que a maior recompensa ele receberá dos lábios do nosso Senhor…
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.” Então os justos lhe perguntarão: “Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?” E responder-lhes-á o Rei: “Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:34-40)
Gratidão Eterna ao Guerreiro, sirva de exemplo prá todos que tem o entendimento em levar adiante a Missão…JESUS será Glorificado..
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